quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Identificação de Minerais

Como podemos identificar minerais?



A cor é a característica mais evidente na observação dos minerais. Está dependente da absorção, pelos minerais, de certos comprimentos de onda do espetro solar. A observação da cor dos minerais deve ser realizada à luz natural difusa e em superfícies de fratura recente. Relativamente a este item, os minerais podem ser: - Idiocromáticos, quando apresentam uma cor característica e própria em toda a sua superfície (ex.: magnetite, malaquite, galenite e pirite). - Alocromáticos, quando não apresentam uma cor constante (ex.. quartzo).



 A risca ou traço corresponde à cor do mineral quando é reduzido a pó fino. Esta é uma característica importante na identificação dos minerais porque a risca mantém-se constante, mesmo que a cor do mineral varie. É facilmente determinada friccionando o mineral sobre uma placa de porcelana fosca. Nos minerais idiocromáticos e nos metais nativos a cor da risca é igual à do mineral. Nos minerais alocromáticos de brilho vulgar a risca é branca ou quase branca. Nos minerais alocromáticos de brilho metálico, e que não sejam metais nativos, a risca é escura ou mesmo preta.



 O brilho ou lustre é o modo como o mineral reflete a luz difusa, quando esta incide sobre uma superfície de fratura recente. Podem considerar-se três tipos de brilho: - o brilho metálico, em que a luz é refletida de modo semelhante ao dos metais polidos (ex.: galenite); - o brilho submetálico, semelhante ao brilho metálico, mas sensivelmente mais fraco (ex.. volframite); - o brilho não metálico ou vulgar. Este último pode ser sedoso ou acetinado (brilho semelhante ao da seda ou cetim), vítreo (como o do vidro), adamantino (brilho intenso como o do diamante), nacarado (brilho semelhante ao das pérolas), resinoso (brilho que lembra a resina), ceroso (como o brilho da cera) ou gorduroso (brilho que lembra uma superfície engordurada).



 A clivagem é a propriedade que o mineral tem de, quando sujeito a uma pancada, se dividir em lâminas ou poliedros limitados por superfícies planas bem definidas - superfícies de clivagem -, onde as ligações químicas dos cristais que formam o mineral são mais fracas. A clivagem pode ser perfeita, imperfeita ou inexistente.

Ou

 A fratura corresponde à capacidade de o mineral quebrar em várias direções não coincidentes com os planos de clivagem, originando fragmentos com superfícies mais ou menos irregulares. Dadas as suas características, esta propriedade dos minerais revela que todas as ligações químicas são igualmente fortes. A fratura pode ser classificada em concoidal, escamosa, laminar, irregular, fibrosa ou terrosa.



 A dureza consiste na resistência que o mineral oferece ao ser riscado por outro mineral ou por determinados objetos. Esta propriedade é condicionada pela estrutura e pelo tipo de ligações que se estabelecem entre as partículas, pelo que pode ser muito variável. A dureza de um mineral é avaliada em termos comparativos. Determina-se que um mineral é mais duro que outro quando, depois de pressionado, deixa um sulco no outro mineral. A determinação da dureza de um mineral é feita recorrendo a escalas de dureza como a escala de Mohs. A densidade de um mineral depende de vários fatores, como a sua composição química, principalmente da massa atómica dos seus constituintes, a distribuição dos átomos na rede cristalina, e a pressão e a temperatura a que se formou. Para determinar a densidade de um mineral pode recorrer-se à balança de Jolly, que fornece a relação existente entre o peso de um determinado volume do mineral no ar e o peso de igual volume de água.

 

Propriedades químicas dos minerais: Para a identificação dos minerais pode recorrer-se a alguns testes químicos, como, por exemplo, o teste do sabor salgado para identificar a halite, ou o teste da efervescência para identificar a calcite.



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